Os principais indicadores da hotelaria – KPIs práticos que geram lucro real
Taxa de ocupação: Por que quartos cheios não significam nada se o preço estiver errado.
Muitos hoteleiros comemoram uma alta ocupação, mas aí está o maior erro. Uma alta taxa de ocupação não vale nada se for conseguida com descontos agressivos ou com o tipo errado de hóspede. Na prática, não importa quantos quartos vendes, mas para quem e a que preço. Hotéis de sucesso analisam a ocupação por segmentos como negócios, lazer e longa estadia. A tática mais eficaz é trabalhar com preços mínimos dinâmicos em vez de tarifas fixas. Hotéis que usam preços estáticos perdem margem e controlo. A ocupação só se torna um verdadeiro KPI quando é analisada diariamente juntamente com o preço e o mix de clientes.
Tarifa média diária: O KPI que decide entre lucro ou stress constante.
O ADR é a alavanca real que define se a gestão do hotel é estável ou caótica. Muitos hotéis otimizam custos em vez de dominar a estratégia de preços. Hotéis de alta performance trabalham com corredores de preços: mínimo, ideal e premium. Ao mesmo tempo, o ADR deve ser analisado por canal de reserva, porque nem todas as reservas têm o mesmo valor. Quem não separa reservas diretas de OTAs perde controlo da margem. A melhor estratégia é construir um nível de preços mais alto e preencher períodos fracos com valor acrescentado e não com descontos.
Indicadores de pessoal: Por que a tua equipa controla diretamente o teu fluxo de caixa.
A maioria dos hotéis não mede corretamente os KPIs de pessoal, apesar de serem o maior bloco de custos. O controlo prático significa medir faturação por funcionário, quartos limpos por funcionário de housekeeping e faturação por funcionário de serviço. Em vez de contar horas, hotéis de sucesso medem unidades de produção. Os turnos são planeados com base na ocupação prevista e não em horários fixos. Isto revela gargalos como tempos de limpeza excessivos causados por mau equipamento ou falta de padronização. A verdade lucrativa é simples: quanto melhores forem os processos, menos pessoal é necessário por unidade de faturação.
Indicadores de fluxo de caixa: Por que a liquidez é mais importante do que uma boa faturação.
A faturação é ego, o fluxo de caixa é controlo. O KPI prático mais importante na hotelaria não é a faturação, mas o fluxo de caixa livre mensal. Hotéis que enfrentam pressão de liquidez geralmente sofrem com prazos de pagamento longos, excesso de stock ou contratos de fornecedores sem controlo. Hotéis de sucesso medem o custo de mercadorias por hóspede, a rotação de stock e o rácio de custos fixos. Uma previsão de liquidez a 90 dias torna-se uma ferramenta padrão. A realidade é dura: hotéis não falham por falta de hóspedes, mas por perderem o controlo do dinheiro.
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